sábado, 28 de agosto de 2010

Informações sobre Diamantina




Diamantina, cidade histórica de Minas Gerais, localizada na região central do estado, tem relação com o Arraial do Tijuco, pois este último era a sua denominação antes de ser elevado à categoria de Vila e, posteriormente, cidade.

A história da cidade de Diamantina se encontra intrinsecamente relacionada às atividades dos bandeirantes e dos sertanistas, no século XVIII, que procuravam ouro e pedras preciosas em Minas Gerais.
A ocupação inicial da área, que passou a ser denominada de Arraial do Tijuco, se deu em 1713, após o bandeirante Jerônimo Gouvêa, seguindo o curso do Rio Jequitinhonha, ter descoberto uma grande quantidade de ouro nas confluências do Rio Piruruca e Rio Grande.
Sempre seguindo as margens dos rios, que eram garimpados, a população local vivia da exploração do ouro, não se diferenciando das demais existentes nos diversos povoados que existiam na Capitania das Minas Gerais, no início do século XVIII.

No entanto, a descoberta dos primeiros diamantes, em 1720, transformou efetivamente a vida do Arraial, com o desenvolvimento – propriamente dito - do povoado, na região.

Diamantina representou a maior lavra de diamantes do mundo ocidental no século XVIII e, por nove anos, a Coroa Portuguesa não tomou conhecimento da descoberta de diamantes na região, o quê só foi feito pelo D. Lourenço de Almeida, governador da Capitania, em 1729.

A resposta da Coroa Portuguesa foi impor o controle sobre toda a região dos diamantes. Em 1734, foi criada a Intendência dos Diamantes, cujo regime altamente fiscalizador, rígido, arbitrário e repressivo, isolou a área do restante da Capitania.

O monopólio da Coroa Portuguesa sobre as jazidas do Tijuco durou até 1845.

O Arraial do Tijuco foi elevado à categoria de Vila, em 1831, passando a ser chamada de Diamantina. Sete anos mais tarde, isto é, em 1838, a Vila foi elevada à cidade.

Em consequência desta sua trajetória e riqueza, a cidade de Diamantina se destacou socialmente e culturalmente, tendo em vista o desenvolvimento de uma sociedade aristocrática, caracterizada pelo conjunto arquitetônico majestoso, considerado o mais rico do atual estado, assim como pelo requinte de sua elite, diferenciada em toda a sociedade colonial de Minas Gerais, voltada para as artes, em geral (música, teatro etc.).

Enquanto as cidades do ouro já demonstravam sinais de exaustão de suas jazidas, a riqueza em diamantes, fez com a cidade se destacasse socialmente e culturalmente.

Além da sua sociedade, aristocrática, ser caracterizada e diferenciada das demais por seu requinte, principalmente, no campo das artes, em geral (música, teatro etc.), as construções, o conjunto arquitetônico de Diamantina era considerado o mais rico de Minas Gerais. Sua opulência impressionou diversos viajantes, como por exemplo, Saint Hilaire, Spix, Von Martius, entre outros.

Com a descoberta, em 1860, de grandes jazidas na África do Sul, o preço do diamante caiu assustadoramente e, coincidentemente, ocorreu a diminuição das reservas de diamantes, dando início a um período de decadência.

Todos estes elementos, que compõem a trajetória histórica da atual cidade de Diamantina, fizeram com que – em 1938 – o conjunto arquitetônico do Centro Histórico da cidade fosse tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e, na década de 90 recebesse o título de Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco.

Além de toda sua riqueza natural e cultural, Diamantina também é conhecida por ser a terra do ex-presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961) e da Chica da Silva.